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Haitianos desistem de emprego no PR

  1. segunda-feira, 30 de abril de 2012
Já é noite, quase 19 horas, quando um grupo de haitianos vira a esquina a caminho de casa após mais um dia de trabalho em Ibiporã (Norte). Faz três meses que aproximadamente 20 deles chegaram na cidade trazidos pelo Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral de Ibiporã. Do total, porém, apenas quatro permanecem no município.

De acordo com Elos Pierre, um dos remanescentes, a maioria voltou para São Paulo. ''''Eles falaram que lá conseguiriam ganhar mais'''', afirma ele, que não pretende permanecer por muito tempo em Ibiporã, mas ainda não sabe quando partirá.

Com 31 anos, Pierre deixou esposa e uma filha de 4 anos no Haiti. ''''A cada 15 dias, quando sai pagamento, mando uma parte para lá'''', conta. ''''Estou com saudade do Haiti. Mas para voltar tem que ir com dinheiro. Me falaram que precisa de R$ 5 mil. Acho que não é tudo isso, mas não tenho o que preciso'''', lamenta. Para ele, falta garantia no trabalho.

''''Se ficar doente e não puder trabalhar não recebo pelo dia mesmo que mostre atestado. E também não tem férias. A cada 15 dias a gente recebe de acordo com O número de dias que trabalha.''''

Além dos quatro haitianos que permaneceram do grupo original, outros cinco que estavam vivendo e trabalhando em Rolândia (Norte) chegaram a Ibiporã. O mais jovem deles é Roc Auguste, 26 anos, que está há quatro meses no País e praticamente não fala português.
 
Reportagem completa na Folha de Londrina de Hoje (segunda-feira 30/04/2012)
 
 
Fonte: Folha de Londrina